O Glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da Catarata, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A organização aponta que se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção e/ou tratamento, 80% dos casos de cegueira, que é irreversível, poderiam ser prevenidos ou curados, principalmente no que diz respeito ao controle da Pressão Ocular.
A pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, conduzida pelo Ibope Inteligência em 2.700 participantes em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco, fez um levantamento sobre o cenário do glaucoma no Brasil e a necessidade de uma nova visão sobre a doença em junho de 2020.
A desinformação sobre a relevância do cuidado com a visão é muito evidente na pesquisa. Quando perguntados sobre a frequência que vão ao especialista, 10% dos entrevistados assumem que nunca foram e 25% disseram que raramente, apenas quando sentem algum incômodo nos olhos. Destaque para as faixas etárias mais jovens: um a cada cinco relatou nunca ter ido ao oftalmologista (21%) e 10% foram uma única vez na vida.
Por isso, neste conteúdo vamos explicar a relação entre o Glaucoma e a Pressão Ocular, duas condições que estão relacionadas e devem ser monitoradas durante toda a vida.
Índice
O que faz a pressão do olho subir?
Quais os sintomas do glaucoma ocular?
Como se mede a pressão dos olhos?
Qual a diferença entre hipertensão ocular e glaucoma?
Como evitar o aumento da pressão ocular?
Existem múltiplas causas para o aumento da pressão ocular. A pressão de dentro dos olhos é controlada finamente por mecanismos que se equilibram. Parte do olho produz constantemente o líquido que temos dentro do globo ocular e outras partes escoam este líquido constantemente.
“Em algumas situações este líquido é produzido de maneira exagerada ou é impedido de ser absorvido de maneira adequada. Nestes casos há o aumento da pressão intraocular. Este aumento da pressão pode ser causado por infecções, traumas, bloqueio mecânico do sistema de drenagem, defeitos congênitos, aumento da pressão das veias que drenam o olho, entre outros”, afirma o oftalmologista credenciado da Paraná Clínicas, João Guilherme Oliveira de Moraes (CRM-PR 16-712/RQE-10581).
Segundo definição da American Academy of Ophthalmology o glaucoma é uma doença que danifica o nervo óptico do olho. Geralmente acontece quando o fluido se acumula na parte frontal do olho. Esse fluido extra aumenta a pressão ocular, danificando o nervo óptico.
Os sintomas podem variar muito dependo do tipo de Glaucoma.
O glaucoma de ângulo fechado (onde acontece a obstrução mecânica do sistema de drenagem) gera sintomas exuberantes: dor intensa no olho, vermelhidão ocular e pressões muito altas.
O glaucoma de ângulo aberto por sua vez pode não gerar sintomas até o paciente perceber que está ficando com a visão “em túnel” ou cego. “Este é um dos exemplos da necessidade de consultas periódicas com o oftalmologista”, reforça João Guilherme.
O glaucoma não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. Na verdade, metade das pessoas com glaucoma não sabe que tem! Fazer exames oftalmológicos regulares pode ajudar o oftalmologista a encontrar a doença evitando evolução para a cegueira.
Atualmente, muitas opções de aparelhos que medem a pressão dos olhos estão disponíveis no mercado – os tonômetros.
Alguns deles lançam um jato de ar sobre o olho. Se você já foi em um consultório oftalmológico se assustou com um aparelho que joga um pouco de ar no seu olho, saiba que aquele aparelho estava medindo a pressão do seu olho.
Outros aparelhos devem ser encostados na córnea do paciente (parte transparente e mais externa do globo ocular), nestes casos devemos pingar uma gota de colírio (Fluorsceína – que deixa o olho amarelo) e incidir uma luz azul enquanto medimos a pressão. Este é considerado o tipo de avaliação da pressão mais confiável.
Uma opção interessante é a tono pen, que também deve encostar na córnea, um aparelho portátil que por medidas consecutivas da pressão e um sistema computadorizado nos mostra a pressão em um display eletrônico.
João Guilherme explica que a Hipertensão ocular é o aumento da pressão dentro do olho, e esta condição está muito relacionada ao Glaucoma, porém não são sinônimos.
“Glaucoma por sua vez representa uma doença que é caracterizada pelo dano de células nervosas na retina, elas são responsáveis pela transmissão da informação visual até o cérebro. No entanto, quanto maior a pressão do olho, maior é o risco de desenvolver Glaucoma”, revela o especialista.
É importante diferenciar estas duas condições, pois existem paciente que apresentam aumento da pressão ocular mas não apresentam Glaucoma e pacientes que apresentam Glaucoma e que possuem uma pressão intraocular considerada normal.
Os tratamentos podem e devem variar de acordo com o tipo de glaucoma e a gravidade do caso.
“Casos iniciais podem ser apenas acompanhados pelo oftalmologista ou necessitar apenas de colírios poucas vezes ao dia. Por outro lado, casos mais graves podem necessitar de medicamentos orais ou endovenosos e cirurgias para diminuir a pressão ocular”, alerta João Guilherme.
Alguns hábitos saudáveis, como seguir uma dieta balanceada, reduzir os níveis de estresse, moderar o consumo de álcool e consultar um oftalmologista periodicamente, ajudam a monitorar a pressão dos olhos, evitando que ela aumente e cause danos na visão.
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