Você já parou pra pensar quanto tempo do seu dia você passa em frente às telas? Seja no computador, no celular, no tablet ou na televisão, as telas já fazem parte da nossa rotina, e muitas vezes nem nos damos conta disso. A luz azul é emitida por essas telas e pode ser prejudicial para a saúde da visão. Por isso as lentes blue protect filtram os raios nocivos para os olhos.
Segundo um levantamento da Electronics Hub, a partir da pesquisa Digital 2023: Global Overview Report da DataReportal, o Brasil é o segundo país que passa mais horas em frente às telas, com 56,6% cerca de nove horas do dia.
Ao mesmo tempo que os aparelhos eletrônicos diminuíram fronteiras e facilitaram o acesso à informação, também trouxeram alguns potenciais perigos à saúde, como o excesso de exposição à luz azul violeta, emitida pelas telas e potencialmente prejudicial para os nossos olhos.
Mas fique tranquilo, para evitar problemas da saúde da visão e manter sua conectividade vamos explicar neste artigo o que são as lentes blue protect que pode ser usada nos óculos de grau. Fique ligado!
Publicado em 2 de abril de 2021 – Colaborou com este artigo: Dr Renan Oliveira (CRM-SC 24.929) – oftalmologista especialista em cirurgia refrativa e catarata no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (Joinville, SC). Tempo de leitura: 5 minutos e 48 segundos.
As lentes blue UV com antirreflexo filtram a luz azul emitida pelas telas dos dispositivos eletrônicos e são indicadas até mesmo para pessoas que não utilizam lentes de grau, mas precisam se proteger da exposição prolongada diante do celular, tablet ou computador.
As lentes com proteção blue light são o que há de mais moderno em proteção contra luz azul, combinando visão confortável, clareza e estética, ao mesmo tempo que podem bloquear até 40% da luz azul potencialmente prejudicial à saúde ocular. As propriedades de filtragem da luz azul são incorporadas ao próprio material das lentes blue protect.
É importante ressaltar que as lentes com filtro azul não alteram a percepção de cores, informação muito importante para profissionais que trabalham com design e retoque de imagens, por exemplo. Além disso, qualquer lente de óculos de grau pode conter o filtro para luz azul, basta solicitar quando fizer seu pedido!
O aumento do tempo passado em frente às telas causou um aumento na exposição dos olhos aos efeitos nocivos da luz azul violeta emitida pelos aparelhos eletrônicos e até nas lâmpadas de LED usadas nas residências.
Nesse cenário a principal vantagem da proteção blue light é diminuir os impactos da luz azul na saúde da visão evitando assim:
A lente com filtro azul vale a pena para pessoas que têm uma rotina diária com grande exposição a telas de aparelhos eletrônicos, como computadores, smartphones e tablets.
Isso porque a proteção contra luz azul bloqueia uma parte do espectro de luz azul que pode intensificar os sintomas de fadiga ocular digital, incluindo olhos cansados, visão turva, distúrbios do sono e olhos secos ou irritados.
As lentes com proteção blue light foram projetadas para uso durante o dia e a noite, principalmente em ambientes fechados, e oferecem um aspecto de conforto visual extra que permite condições de trabalho com mais segurança e bem-estar.
Na LIVO a lente blue protect com antirreflexo sem grau custa a partir de R$ 99,00. O filtro contra luz azul também pode ser colocado em lentes de óculos com grau, como um acessório extra neste mesmo valor.
A lente antirreflexo não protege os olhos dos raios emitidos pelos eletrônicos com a luz azul-violeta, nociva para a saúde da visão, ela apenas evita os reflexos emitidos pelas luzes que prejudicam o conforto visual.
A possibilidade de danos na retina pela longa exposição à luz azul ainda é baseada em experimentos comprovados in vitro (no laboratório) e não existem dados científicos finais sobre o impacto de longo prazo da exposição excessiva dos olhos à luz azul. Mas isso somente porque somos a primeira geração que se expõe às telas por longas horas numa base diária. Sem falar dos que já estão nascendo com um tablet ou smartphone na mão.
No entanto, já existem pesquisas sólidas que consideram a prevenção como a melhor forma de evitar riscos desnecessários à saúde mental e ocular, que começam com a fadiga ocular, intensificam-se com dores de cabeça e culminam em noites de sono mal dormidas. Vamos te contar melhor sobre cada um desses efeitos.
O Relatório do Vision Council com relação aos riscos da luz digital e outras fontes mostram que mais de dois terços dos adultos nos Estados Unidos que usam regularmente dispositivos digitais apresentam vários sintomas associados à exposição excessiva à luz azul violeta.
A exposição a essa luz azul por longos períodos, muitas vezes até tarde da noite sem intervalos visuais, tensiona os músculos oculares e pode contribuir para o desconforto visual e sintomas associados à fadiga ocular digital.
As dores de cabeça são um dos sintomas mais comuns da fadiga ocular e podem ser associados com outros sintomas como: dor nos olhos, olhos vermelhos, ardência ou irritação nos olhos, olhos secos ou lacrimejantes, visão turva, embaçada ou dupla; sensibilidade à luz (fotofobia), dor no pescoço, ombros ou costas.
Como já falamos antes, a exposição excessiva à luz azul, principalmente à noite, pode causar distúrbios do sono. Por isso, estudos começaram a investigar o efeito chamado ALAN (artificial light at night ou luz artificial noturna) nos distúrbios do sono e suas consequências para os pacientes.
A explicação para isso é que a luz azul emite um comunicado ao cérebro que ainda é dia, com isso o organismo cria uma barreira contra o sono e diminui a produção de melatonina (hormônio do sono).
Estudo realizados na Universidade de Harvard colocaram 10 pessoas em uma programação que mudou gradualmente o tempo de seus ritmos circadianos, comprovando que a exposição à luz azul suprime a produção de melatonina.
“A luz à noite é parte do motivo pelo qual tantas pessoas não dormem o suficiente”, concluíram os pesquisadores que também relacionaram o sono curto ao aumento do risco de depressão, bem como diabetes e problemas cardiovasculares.
A pesquisa também mostrou que enquanto qualquer tipo de luz pode suprimir a produção de melatonina, a luz azul à noite o faz com mais força.
Os pesquisadores de Harvard e seus colegas conduziram um experimento comparando os efeitos de 6,5 horas de exposição à luz azul com a exposição à luz verde de brilho comparável. A luz azul suprimiu a melatonina por cerca de duas vezes mais que a luz verde e alterou os ritmos circadianos em duas vezes mais (3 horas contra 1,5 horas).
Leia mais sobre noites mal dormidas e como elas podem afetar os olhos!
Os cientistas ainda não são capazes de dizer qual dose e quais fontes de luz têm potencial significativo de causar danos aos olhos.
Até o momento, os resultados científicos disponíveis implicam apenas que a luz azul artificial da iluminação típica de LED, usada na arquitetura ou encontrada nas telas, está muito abaixo de qualquer limite conhecido para criar danos à saúde no sistema ocular humano.
No entanto, as queixas dos pacientes sobre conforto visual reduzido e o aumento de sintomas, como dores de cabeça ou queimação nos olhos, são problemas comuns e que apresentam resultados crescentes.
Por isso, vale lembrar o conselho das vovós de que “prevenir é melhor do que remediar”!