Fotofobia ou sensibilidade à luz pode indicar outras doenças

Fotofobia ou sensibilidade à luz pode indicar outras doenças

Como o próprio nome já diz a fotofobia é uma sensibilidade excessiva à luz, e acontece quando as células fotossensíveis da retina geram um desconforto visual ao entrarem em contato com excesso de luminosidade.

A fotossensibilidade, geralmente, é associada a alguma outra condição ocular ou neurológica, e por isso deve ser investigada, logo que se apresente por meio de uma consultacom oftalmologista.

Neste artigo vamos explicar as principais causas, sintomas e correções para a fotofobia. Fique de olho! 😎

Colaborou com este artigo: @dr.renanoliveira – Dr Renan Oliveira (CRM-SC 24.929) – oftalmologista no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (Joinville, SC)


Índice

O que pode causar fotofobia?

Como saber se sou fotossensível?

É possível desenvolver fotofobia?

Como diagnosticar fotofobia?

Tratamento

Quem tem fotofobia tem que usar óculos?

O que pode causar fotofobia?

Como mencionamos anteriormente, a fotofobia não é uma doença ocular, mas um sintoma comum a muitas condições oculares ou neurológicas. Segundo a American Academy of Ophthalmology a fotofobia ou sensibilidade à luz pode estar associada a:

  1. Albinismo
  2. Ceratites infecciosas(infecção da córnea por microorganismos como bactérias, vírus, fungos ou protozoários)
  3. Olho seco
  4. Catarata
  5. Calázio
  6. Conjuntivites
  7. Infecção ocular relacionada à lente de contato
  8. Distrofias Corneanas
  9. Traumas na  córnea (corpo estranho, abrasão, laceração…) 
  10. Úlcera da córnea
  11. Coronavírus (COVID-19)
  12. Alergias oculares
  13. Inflamações oculares internas (uveítes) como as causadas por doenças autoimunes (ex. artrites) e infecciosas (ex. toxoplasmose)
  14. Enxaqueca e outras dores de cabeça (cefaleias)
  15. Estrabismo
  16. Triquíase (cílios alterados que tocam a córnea) 
  17. Neurites óticas (inflamações do nervo óptico)

Além do albinismo, pessoas loiras e com uma cor dos olhos mais clara, como verdes, azuis e mel, também podem experimentar mais sensibilidade à luz. Isso porque os olhos de cores mais escuras contêm mais pigmento para proteção contra iluminação forte.

Outras causas comuns de fotofobia incluem distúrbio do sistema nervoso central, como a meningite. Além disso, a sensibilidade à luz também pode estar associada a um descolamento da retina, irritações nas lentes de contato, queimaduras solares e logo após realização de cirurgias oculares (ex pterígio, cirurgia refrativa, entre outras).

Alguns medicamentos, como medicamentos que atuam no sistema nervoso central e alguns antibióticos (como  a tetraciclina), podem causar sensibilidade à luz como efeito colateral.

Como saber se sou fotossensível?

Fontes como luz solar, luz fluorescente, LED e luz incandescente podem causar desconforto em pessoas fotossensíveis, criando a necessidade de apertar ou fechar os olhos. 

Dores de cabeça também podem acompanhar a sensibilidade à luz.

Às vezes, apenas uma luz muito brilhante perturba as pessoas sensíveis à luz. Em casos extremos, no entanto, qualquer quantidade de luz pode ser irritante.

É possível desenvolver fotofobia?

Sim, como mencionamos anteriormente, a fotofobia pode surgir devido a diversas condições oculares e neurológicas, por isso pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, desde o recém-nascido até o mais idoso. 

Vale ressaltar que independente dos problemas citados acima, é possível apresentar sensibilidade excessiva à luz mesmo sem outras causas definidas.

Como diagnosticar fotofobia?

Ao perceber qualquer tipo de sensibilidade à luz é preciso procurar um oftalmologista, o quanto antes para descobrir o motivo do problema.

O médico vai realizar um exame de vista completo e poderá diagnosticar o problema que está causando a fotofobia e orientar o melhor tratamento.

Tratamento

Se a fotofobia for causada por alguma outra doença, o melhor tratamento para este problema é a cura da outra condição, seja ela ocular ou não. Uma vez resolvido ou gerenciado o fator desencadeante, a fotofobia diminui ou desaparece.

Se, por outro lado, a pessoa for naturalmente sensível à luz, ou seja, a fotofobia não for causada por outra doença ou condição de saúde, será necessário evitar a luz solar intensa e outras fontes de iluminação forte. 

Chapéus de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta (UV), filtros coloridos (como as lentes amarelas ou âmbar usadas para direção noturna em pessoas com ofuscamento às luzes de carros) ou até mesmo as lentes fotossensíveis, mais conhecidas como Transitions® podem ser grandes aliados de pessoas fotossensíveis.

Quem tem fotofobia tem que usar óculos?

Não é obrigatório para pessoas com fotofobia o uso de óculos, mas eles podem melhorar consideravelmente sua qualidade de vida.

Tanto os óculos de sol, para ambientes externos, quanto óculos com lentes fotossensíveis, que podem ser usados em qualquer ambiente, uma vez que suas lentes se adaptam a iluminação e escurecem ao receber mais luminosidade ou clareiam em ambientes mais escuros.

Para fotofobia extrema, óculos de sol com lentes polarizadas oferecem proteção extra contra reflexos de luz que causam brilho na água, areia, neve, estradas de concreto e outras superfícies refletivas.

Atualmente também existem lentes de contato Transitions®, que ajudam a proteger pessoas com fotofobia, ou lentes de contato protéticas, especialmente coloridas, que ajudam a reduzir a quantidade de luz que entra nos olhos, diminuindo assim a fotofobia.

Mas lembre-se, qualquer opção de tratamento deve ser acompanhada e indicada por um oftalmologista!

O site de produtos LIVO oferece óculos de sol com proteção UV ou lentes fotossensíveis, escolha o seu preferido!